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"Meu espírito dorme em algum lugar frio até que você o encontre e o leve de volta pra casa"
quinta-feira, 15 de maio de 2014

A Nova Mors Sancta

Aqui começa minha Historia:

Nasci há muito tempo atrás ,numa família de camponeses  abastados numa época de Impérios e  grandes batalhas, e como filha de gente simples conheci a abundancia de alimentos  nas colheitas fartas  e  fome pelo inverno quando muito rigoroso,mas desde  de muito pequenina  já possuía  um Dom que me fazia  terror, quando menina e depois  foi se tornando  parte de mim.
Meu Dom nunca foi fácil de se explicar a  ninguém, o que me fez ficar retraída,arredia  e solitária  a vista das outras pessoas, mas em si  nunca estive só de verdade,no começo eu achei que estava enlouquecendo ,mas não tinha  essa noção que tenho hoje, não sabia que era minha missão, sempre  passei horas  brincando com crianças que já haviam deixado seus corpos terrenos,mas não tinham feito a passagem e eu de alguma forma , ajudava naquela nova etapa de suas novas vidas,até entendia que “eles” não eram mais deste plano terrestre,mas foi quando entrei   na minha adolescência que eu  conheci meu  primeiro anjo da morte,mas também  não sabia que ele era chamado assim a princípio tinha pavor  dele ali sempre  observando-me , quieto sua aparência  pálida e os cabelos  escuros ,mas como  ele só ficava  me  olhando, passei a me acostumar com ele  e gostar de vê-lo sempre ali de alguma forma me sentia  protegida,mesmo que ele não falasse nada  eu comecei a compreende-lo pelo olhar  e expressões de sua face.
O tempo foi passando e meu  recolhimento era cada vez maior e mais raro me encontrar fora do bosque  ou do cemitério.
Mas o  País vivia em guerra e as batalhas de uma Grande Rainha Guerreira, chegaram a mim, mesmo sem eu me dar conta me tornei uma  necromante, nem era esta minha intenção mas  a fama se espalhou e com isso veio logo  a alcunha  de  vidente a Fúria  da Sombras eu ria pois não entendia  o porque desta Fúria  e esta fama chegou a Grande Rainha, que mandou me buscar,não foi difícil o acordo  do meu pai  com  o Comandante  de Guerra dela, e por 50 dobrões de ouros  segui para corte,quando me vi diante dela, nada vi além de uma mulher forte, corajosa e  determinada, que fez varias perguntas e apesar de ter pago para me  ter ali em seu séguio  deu a escolha de partir se assim desejasse.
Eu escolhi ficar, não sabia  o porque mas  ali me sentia querida,e logo arrumei uma forma  de    devolver os 50 dobrões  que  ela havia pago por mim,na época  de grandes guerras como era aquele momento  as  almas ficavam perdidas vagando,  sem poder atravessar o véu   pois tinham assuntos inacabados com seus familiares então eu comecei a  passar  suas  vontades,e  em forma de agradecimentos  eu ganhava presentes que vendia  ou guardava e assim o fiz até conseguir  o valor  que ela  tinha pago por mim e numa  reunião  eu lhe entreguei  a algibeira com os  dobrões  a Rainha ficou  de pé, olhando-me atentamente e sorriu, desde   aquele momento eu era sua  Vidente,  me tornando muito popular,mas eu não me via naquela aura de poder , continuei  a minha missão, e em troca eu recebia informações que  estavam ajudando bastante ao exercito dela.
Mas o tempo é impiedoso e rápido e num piscar de olhos  a idade do casamento chegou,mas a vontade não, eu  ansiava por conhecer o amor,mesmo ligada ao mundo dos mortos, queria o calor de uma paixão, o ardor de um desejo percorrendo meu corpo ,a  forma cálida  que só o amor tem.
E assim pedi muitas vezes a Rainha que recusasse pedidos  de casamento feitos a ela em meu nome,desque que apareci  em sua corte vestida de  negro, com meus cabelos vermelhos da cor do sangue brilhantes  enfeitados de flores do campo, ganhei admiradores, mas ainda  não tinha encontrado  aquele me  tirasse o chão,me fizesse tremer com um olhar.
Apesar do meu jeito quieto e  observador muitos homens vinham a  mim, alguns curiosos com a vidente, outros apenas desejando meu corpo e sua  virgindade e ainda tinham os que desejavam prestigio de possuir a vidente da Rainha Guerreira.
 E eu sempre ali com a presença  acolhedora do meu  primeiro  companheiro, soturno e tranqüilo,mas as guerras foram se intensificando e apesar dos esforços  de vários guerreiros eu vivia  seguindo  a Guerreira e  por varias vezes estive diante da morte e da violação escapando por pouco,  numa sabia decisão  ela me deu  de presente  um jogo de punhais: um para  guardar entre os seios pequeno e delicado, um preso a bainha  no cinturão de couro e pedras preciosas, maior e ricamente bordado em sua lamina de prata polida,com o cabo de esmeraldas e  um outro  do mesmo tamanho  só que era para prender na coxa, e por determinação dela  eu  estaria sempre em treinamento com seu melhor guerreiro, passe a acompanhá-los em batalha , num magnífico  puro sangue branco , enorme e indolente  mas nos entendias-mos muito  bem.
E isso durou algum tempo, mas de alguma forma eu nunca consegui gostar  daquele guerreiro de olha escuro e penetrante.
A noite  em que perdi a minha vida  humana, vai para sempre  estar em minha memória ,pois  eu esperava morrer   através de um inimigo mas não  por um dos nosso s, aquela noite em especial estive muito tempo esperando a Rainha que  não pode me atender pois estava em reunião com o  guerreiro que me treinava ,então banhei-me e fui deitar, adormecendo rápido e sem sonhos.
 Me recordo de despertar assustada no meu  aposento e mãos frias prendiam meus pulsos, comecei a me debater e iria gritar,quando senti  o aço  gelado  penetrando meu corpo e um jorro de vida quente saindo junto com a lâmina,algo frio tomou conta de mim e as cortinas foram abertas  por onde  as primeiras luzes do amanhecer  surgiram, não contive as lagrimas  que descaram pela face,levei a  mão onde  sentia  o fluxo quente saindo e apertei olhando-a logo em seguida, úmida e tingida do vermelho do sangue,não me lembro de sentir dor ,mas sim do medo e do espanto ao ver que havia  2 homens no quarto e  um deles eu conhecia há anos mas jamais o tinha visto daquele jeito, envolto numa  mortalha negra e asas enormes se abriram farfalhando no silencio do amanhecer, sua espada   vibrou no ar, mas eu  não vi tudo que ocorreu naquele momento, mas sei que o melhor guerreiro da Rainha se jogara da janela do meu quarto, entregando-se a morte no chão de pedra lá embaixo.
Fiquei ali  entre olhar meu  sangue tingindo tudo de vermelho e aquela criatura, que me seguia desde pequenina,ele sentou ao meu lado e  afastou a franja  da minha fronte molhada de suor  gelado.
Seu  olhar  pousou sobre  a enorme mancha rubra na  minha roupa de dormir  e pela primeira vez  em toda  a minha vida  fui aninhada carinhosamente num colo querido e masculino, deitando  a cabeça em seu ombro.
- Estou com medo... Disse baixinho.
-Não tenha  criança...
Sorri pois era a primeira vez que  ouvia a sua voz e me causou muito conforto.
-Vou morrer ,não vou ?
-Sim você vai, mas não estará só, eu estarei contigo como sempre estive.
-Que bom agora sei que posso  ir em paz, sei que estarei bem.
-Sim estará.Secou as  lágrimas que desciam pela minha face já  sem calor ou  cor.-Durma agora, quando acordares, eu vou estar  com você.
Uma suave melodia se elevou no aposento, me embalando e o pouco de vida que tinha em meu corpo, foi fluido lentamente, já sem dor e com  um calor que eu nem  sabia que era possível diante da morte, adormeci profundamente...

••O Despertar ••

Acordei assustada com o barulho do no aposento, a principio  tentando me  localizar e foi com  um enorme  espanto  que eu notei  não me via através  dos meus olhos ,pois olhava meu corpo  repousando tranquilamente sobre a cama, numa  macha   vermelha,  , aproximei-me olhando atentamente, como parecia serena e feliz.
Os guardas  entraram de forma barulhenta seguidos pela Rainha  que   não conteve  as lagrimas, eu nunca soubera que ela  me tinha como filha, e negara  o pedido de casamento  que seu  mestre de armas fizera,pedindo a minha mão.
Perdi minha vida terrena,sem mesmo saber que fora  devido um pedido de casamento não aceito.
-Vamos,precisam de nós.
Meu Protetor tocou suavemente meu ombro
 –Não adianta mais chorar você  não é mais daqui.
Sorri tranquilamente e segura por vê-loa ali como prometerá- Acho que nunca fui,mas para onde vamos?
- Para casa  você precisa se aprimorar  no fez a vida  a vida toda.
Fiquei olhando-o quieta,já sem  temor , e feliz por estar encontrando meu caminho- Não sei  seu nome e nos conhecemos  há tanto tampo.
Ele rui- Gabriel Aurilack, Lucy  fúrias das sombras, nosso dever será e sempre foi cuidar  da almas dos que partiram, vamos aliviar suas dores e tristezas, para que não sejam corrompidos pelo mal,  você vai aprender  muitas coisas  entre elas  a combater fantasmas e  espectros  que atormentam os vivos.
Ali eu entendi porque ele sempre estivera junto a mim era para me proteger.
Apenas sacudi a cabeça que sim.
-Nosso povo Lucy tem uma citação: Não se pode negar o que você se tornou, nem recusar aquilo que o mantém existindo. Você já provou da morte uma vez, por puro desespero. Agora me diga, isso resolveu seus problemas? Então porque quer repetir  tudo  de  novo?  Você  tem  duas  escolhas:  uma  é  continuar  morrendo  para  sempre,  a  outra  é  lutar.  Se escolher lutar, eu ensinarei o caminho, e você vai  finalmente compreender tudo o que não pôde compreender em vida. Então, me diga... O que você escolhe?
-Estou com você.
-seja bem vinda  aos Mors  Sanctas és  uma de Nós.
Saímos dali para dar início a uma nova jornada.
 A Tempestade está ficando pior... Posso sentir Espectros por perto... As forças do
Esquecimento se espalham... Venha comigo se quiser sobreviver!


Lucy.

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