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"Meu espírito dorme em algum lugar frio até que você o encontre e o leve de volta pra casa"
domingo, 3 de janeiro de 2016

O Lamento de Aryane P. 02


Sem Alma, lembranças ou domínio próprio...

Hoje posso contar a vocês, como foi aquele pedaço, escuro e confuso da minha vida, eu não era senhora de mim e nem das minhas ações, isso ocorreu logo que “despertei” sob o julgo do LK, daquela época me recordo de gritos, medo, sangue e dor, mas não era apenas a minha dor, mas sim dos inocentes que eu tirava a vida, e aquela Voz, que ressoa dentro da minha cabeça até hoje, luto com todas as forças para bloqueá-la, mas em alguns momentos ela ressurge numa lembrança terrível e dolorida, a fúria me consumia de uma forma monstruosa, não importava quantos inocentes seria dizimado, eu era do exercito do LK e faria tudo que o meu Senhor mandasse e servia lealmente, numa matança sem fim, não me lembro ao certo quantos fiz sofrer, mas sei que foram muitos, muito sangue escorreu pela canção de ninar, Dario estava La dele eu recordo dos treinamentos, ensinamentos diversos dos lacaios bruxos dele devolvendo uma” subvida” aos corpos que chegavam em carroças trazidos pelos carniçais, os que ”voltavam” com alguma consciência aquelas criaturas nojentas o devoravam, não era algo bonito de se ver, mas eu estava num estado de total demência então para mim tanto fazia quem vivia e quem morria.

Eu era apenas uma criatura dispensável como com Dario dizia, não reclamava, não debatíamos, e muito menos questionávamos as ordens, estávamos ali apenas para servir a Ele.
Em minha nova condição de “vida”, pouco ligava pra para cheiro e aparência, na verdade, isso não me fazia diferença, recebemos instruções de Lord Thorval de como não apodrecer, eram dicas simples e fáceis, ali em Áquerus a Fortaleza de Ébano, aprendemos que em nosso estado não precisávamos comer, dormir, beber água, coisas simples que realizávamos em vida, no nosso cotidiano, não me recordo meu cheiro, mas minha armadura sim havia sempre sangue derramado nela...

Mas La no fundo, eu sabia que havia algo errado, às vezes me pegava observando as Val’kyr, batendo suas asas negras ou translúcidas, e La dentro da minha cabeça perturbada a fúria se revoltava e remexia-se como uma serpente dando voltas e mais voltas, apenas não entendia, minha alma mesmo subjugada sabia que eu lutará contra aquilo um dia, e agora os servia, tudo em mim era ódio e dor e com isso eu ficava mais presa aquele circulo de matar e exterminar quem se atrevesse ficar no caminho do Arthas, a canção de ninar, agora possuía um brilho azul congelado... Vaguei por vários instrutores, mas Lady Alistra me impressionava pela força e indiferença com qualquer tipo de existência a Mestra Profanadora era a morte em forma de peste e doenças, fui designada para os discípulos do gelo, mas nada me impediu de treinar e aprender com a Mestre Profana e o Mestre de Sangue, o treinamento que recebíamos era mais um reaprender a viver, em morte vida, mas nada que fosse comparado aos Renegados a Rainha Bansher, éramos mais que escuridão, e por falar nela, segui muitas ordens dela , quando serviu o LK ,os necromantes estavam por toda parte, sacrificando a almas e corrompendo os espíritos sem o menor escrúpulo.

Nem mesmo nossas montarias foram poupadas e quando voltei ao resto do meu Eu verdadeiro, pude reconhecer o Granny, meu fiel alazão, em anos não chorava e o fiz, por que eu sabia que a condenação dele havia vindo pelas minhas mãos, sem saber ou não se havia morrido em cumprimento do meu destino estava resignada a ser uma Cavaleira da Morte, já sem as coleiras do LK, mas reconhecer o meu cavalo naquela condição de morte vida, me fez romper em lagrimas... Após muito tempo, algo de vivo brotava em mim.

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